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terça-feira, 15 de abril de 2014

Reinaldo Azevedo - Blog - VEJA.com



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Reinaldo Azevedo

Análises políticas em um dos blogs mais acessados do Brasil

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Se em meu ofício, ou arte severa,/ Vou labutando, na quietude/ Da noite, enquanto, à luz cantante/ De encapelada lua jazem/ Tantos amantes que entre os braços/ As próprias dores vão estreitando —/ Não é por pão, nem por ambição,/ Nem para em palcos de marfim/ Pavonear-me, trocando encantos,/ Mas pelo simples salário pago/ Pelo secreto coração deles. (Dylan Thomas — Tradução de Mário Faustino)



14/04/2014 às 23:41
Ex-tesoureiro de pré-candidato do PT em Minas também é investigado pela PF


Por Paulo Peixoto, na Folha Online:
A investigação da Polícia Federal em Minas Gerais que apura o recebimento derecursos do valerioduto pelo ex-ministro Pimenta da Veiga, pré-candidato do PSDB ao governo mineiro, envolve também outros nomes que receberam valores das contas das agências de Marcos Valério de Souza.Entre esses nomes figura Rodrigo Barroso Fernandes, ex-tesoureiro da campanha de 2004 pela reeleição do então prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, agora pré-candidato ao governo mineiro.

Desde 2005, as apurações já apontavam que Fernandes sacou R$ 274 mil em agosto de 2004. Na ocasião, ele foi chamado a prestar depoimento na PF, mas se reservou ao direito de só falar em juízo. Em nota divulgada por sua defesa na ocasião, ele negou ter realizado tal saque. Essa apuração, bem como a de Pimenta, que admitiu ter recebido R$ 300 mil de Valério por ter prestado serviço de consultoria jurídica, está baseada no inquérito 2474, que trata de toda a contabilidade das agências de Valério, separadas por bancos, e que balizou a ação do mensalão do PT.

Segundo a PF, outras pessoas estão também sendo investigadas. São cerca de 30 nomes que receberam recursos das agências SMPB e DNA e que estão na mira da PF. Aparecem nesse inquérito desde pessoas que tinham vinculação com políticos –caso de Freud Godoy, ex-assessor da Presidência da República na gestão Lula– a outros nomes que prestaram também consultoria para Valério e, como Pimenta, sem firmar contratos.

Essas investigações começaram a ser autorizadas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em 2012, quando a Procuradoria-Geral da República solicitou novas investigações, já que a PF só concluiu em 2011 os trabalhos sobre as análises dos saques nas contas das agências de Valério.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: mensalão de Minas, PT


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14/04/2014 às 23:05
Aécio pede que Dilma devolva limpo o macacão da Petrobras


O pré-candidato do PSDB à Presidência, senador Aécio Neves, respondeu às críticas de Dilma Rousseff, que acusou, nesta segunda, a existência de uma campanha contra a empresa: “Está na hora de a presidente da República devolver limpo o macacão dos funcionários da empresa. Quem está sujando a imagem da Petrobras é o PT, que estabeleceu o aparelhamento através da irresponsabilidade, que resulta na prisão de diretores em operações da Polícia Federal”.

Aécio certamente tinha em mente esta imagem:



No dia 21 de abril de 2006, durante a inauguração da Plataforma P 50, em Campos, Lula repetiu o gesto de Getúlio Vargas, em 1952, e sujou as mãos de petróleo. O populista do passado marcava o início da extração no Brasil; o petista comemorava a suposta autossuficiência do Brasil. Pois é… Autossuficiência? O déficit da conta petróleo em 2013 foi de US$ 20,277 bilhões. Lula só sujou as mãos daquele jeito porque não conseguiu resistir. Em 2014, deve ficar em torno de US$ 15 bilhões.

Nos 11 anos e quatro meses de gestão petista, muito especialmente nos oito em que Lula esteve à frente do governo, nenhuma área do governo — ou empresa estatal — teve uma gestão tão arrogante, tão autoritária e, ao mesmo tempo, tão ineficiente como a Petrobras — e olhem que não se está falando exatamente de uma estatal. Como se sabe, trata-se de uma empresa de economia mista. Os desacertos foram se acumulando. Em vez de dar explicações quando confrontado com os problemas, o petista José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da gigante, demitido pela presidente Dilma em janeiro de 2012, respondia com grosserias e desaforos.

No seu aniversário de 60 anos, em 2013, a Petrobras teve duas péssimas notícias: 1) a agência de classificação de risco Moody’s rebaixou as notas de crédito da estatal de A3 para Baa1 em razão do elevado endividamento (e, nesse particular, o governo Dilma tem uma parcela enorme de responsabilidade); 2) segundo relatório do TCU, o atraso na entrega do Complexo Petroquímico de Itaboraí (Comperj), no Rio, pode gerar um prejuízo para a empresa de R$ 1,4 bilhão.

A Petrobras encerrou 2010 devendo R$ 118 bilhões; no começo deste 2014, a dívida já se aproximava dos R$ 300 bilhões. Parte desse rombo decorre de a empresa importar gasolina a um preço superior ao de venda no mercado interno. Como a economia degringolou, é preciso segurar o preço dos combustíveis para que a inflação não dispare.

Até aí estamos falando de uma gestão incompetente, politiqueira e desastrada. Aí os casos de corrupção vieram à luz, aos borbotões.

Chegou a hora de lavar o macacão.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Aécio Neves, CPI da Petrobras


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21 COMENTÁRIOS


14/04/2014 às 22:45
Marina como vice: um pouco de FHC, um pouco de Lula, críticas a Dilma e um tanto de apóstolo Paulo, mas numa versão meio pagã…


O PSB lançou, nesta segunda-feira, a pré-candidatura de Eduardo Campos, ex-governador de Pernambuco, à Presidência da República. Marina Silva, a chefe da Rede, um partido ainda com existência informal, anunciou o que já se dava como certo, embora a trajetória até a decisão tenha sido um tanto acidentada: vai mesmo ser vice na chapa. Acidentada por quê? A estreia da ex-senadora no PSB forçou Campos a romper alianças ou relativizá-las em estados em que conversas já estavam em andamento. Marina empresta ainda à candidatura do ex-governador uma inflexão, em alguns temas, mais à esquerda do que talvez fosse prudente.

Até agora, Marina não transferiu seus votos para Campos. Os dois formalizaram a sua aliança em outubro do ano passado, mês em que o político do PSB apareceu com 15% das intenções de voto no Datafolha. Caiu para 11% em novembro, passou para 12% em fevereiro e marcou 14% no começo deste mês. Quando Marina surge como o nome do PSB, obtém marcas substancialmente maiores nos mesmos períodos: 29%, 26%, 23% e 27%. Note-se que o último levantamento do Datafolha foi feito logo depois do horário político eleitoral do PSB e quando as inserções curtas do partido estavam no ar: Marina se mexeu, passado de 23% para 27%, mas Campos ficou praticamente No mesmo lugar, variando de 11% para 12%.

O grosso do eleitorado que simpatiza com Marina não está migrando automaticamente para Campos — não ainda ao menos. Será que essa transferência ainda vai acontecer? Vamos ver. O discurso da líder da Rede, como sempre, se deixou marcar por um certo messianismo, mas que cai bem em plateias laicas. Referindo-se ao dia em que o TSE indeferiu o pedido de registro de seu partido, afirmou: “Saí daquele tribunal, era a fraqueza em pessoa, mas eu me lembrei daquela frase, quando sou fraco é que sou forte”. Ela se referia ao versículo 10 do Capítulo 12 da Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios.

E seguiu adiante, numa interpretação muito pessoal da carta de São Paulo. Disse Marina: “Porque a gente é forte quando tem a capacidade de se juntar com outras pessoas, porque o ser humano é incompleto, é faltoso, depende da completude do outro, e, naquele momento, o outro disponível para esse projeto era o PSB, na figura de Eduardo Campos”. Pois é… Quem conhece o texto sabe que São Paulo se referia a Jesus Cristo para fortalecer os fracos, não a um homem com poderes, como direi?, terrenos. Se bem que, bem lido o que disse Marina, ela própria é que se oferece como portadora da mensagem messiânica, de que Campos seria apenas um instrumento. Uau! Se ela não fosse de uma denominação evangélica, ainda reivindicaria a santidade em vida. Espero que Campos cresça e contribua para impedir a eleição de Dilma. Mas deixo claro: não suporto esse discurso de Marina.

Campos, por sua vez, insistiu na leitura de que Dilma jogou fora a boa herança que recebeu de Lula: “O Brasil perdeu o rumo estratégico. Dizia que ia para um lado e ia para o outro. Foi perdendo seus fundamentos macroeconômicos, na inclusão social. E a gente viu que esse processo nos conduziu ao cabo de três anos a um diagnóstico que é voz corrente: o Brasil parou, o povo perdeu a fé. E nós não podemos deixar o povo brasileiro desanimar da nossa luta”. Vale dizer: confronto com Lula, nem pensar.

O economista Eduardo Giannetti, de clara inflexão liberal, hoje ligado à Rede, deu aquele que pode ser o tom da campanha publicitária do PSB ao afirmar: “O Brasil está cansado da polarização PT versus PSDB. Eles já deram o que tinham de dar. O Brasil não quer mais do mesmo, quer diferente. Nós somos os portadores dessa esperança nessa eleição. O governo Dilma frustrou avanços construídos a duras penas no governo FH e no primeiro do presidente Lula. É um governo repleto de paradoxos”.

E assim se lançou a pré-candidatura de Eduardo Campos: com um pouco de Lula, com um pouco de FHC, com o governo Dilma até anteontem, contra o governo Dilma agora, tudo isso temperado por uma leitura, como direi?, meio pagã da Segunda Epístola de São Paulo aos Coríntios. Mas, claro, “sem contradições”!!!Por Reinaldo Azevedo

Tags: Eduardo Campos, Eleições 2014, Marina Silva


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14/04/2014 às 20:48
Falha chantagem de Vargas. Ou: Por muito pouco, o doleiro Youssef não senta na cadeira presidencial!


O deputado André Vargas PT-PR) anunciou que vai renunciar nesta terça. A situação do bruto já não andava bem no partido. Vargas fez de conta que não sabe como são as coisas. Às vezes, é preciso recuar para poder avançar, mas ele decidiu dar uma de teimosão. Não se mirou no exemplo de admiráveis figuras do partido, como Delúbio Soares e próprio Ricardo Berzoini, hoje ministro das Relações Institucionais. O que quero dizer com isso? Delúbio aceitou ser expulso do partido, por exemplo. Voltou mais tarde. Quando se descobriu, em 2010, a tramoia dos chamados aloprados, o presidente da sigla era Berzoini. Aceitou cair fora. Quem assumiu foi Marco Aurélio Garcia.

Vargas quis ser o valentão. Em vez de perceber o tamanho da esparrela, resolveu cobrar solidariedade da cúpula do partido e ameaçou gente graúda, como Alexandre Padilha, pré-candidato ao governo de São Paulo, e Gleisi Hoffmann, pré-candidata ao governo do Paraná, além do ministro Paulo Bernardo, das Comunicações. Aí já era um pouco demais. Fizeram o homem perceber que, mesmo com escoriações, o partido sobreviveria. Ele, no entanto, teria de decidir se seria apenas alguém que caiu em desgraça, com alguma chance de recuperação mais tarde, ou um pária entre os próprios pares. Pô, Vargas! Ameaçar companheiro é coisa que não se faz!

Com a renúncia, o PT pretende tirar o parlamentar do noticiário. Mantê-lo significaria manter também a curiosidade sobre os assuntos que ele andou ventilando para alguns companheiros. Tudo o que o PT quer é que se esqueça essa história de que a Labogen, um laboratório-fantasma, feito de sucata, ganhou o sinal verde do Ministério da Saúde, sob o comando de Padilha.

Pois é… E pensar que o futuro de tão notável figura já estava até desenhado. O PT não tem dúvida de que fará a maior bancada da Câmara, o que, se confirmado, lhe renderá a Presidência da Casa na nova Legislatura. E o nome certo para ocupar o cargo era André Vargas, que passaria, depois do presidente, a ser a segunda pessoa na hierarquia da República. Em caso de impedimento do titular e do vice, a cadeira presidencial é assumida pelo presidente da Câmara.

Não é raro presidente e vice estarem em viagem, e o país, formalmente ao menos, ficar sob os cuidados do presidente da Câmara. Pois é… Vejam como o doleiro Alberto Youssef chegou perto de se sentar, ainda que temporariamente, na cadeira presidencial. Quanto a Vargas, é possível que a renúncia seja o preço para o PT não expulsá-lo. A gente sabe que o partido nunca deixa seus valentes na chuva. Segundo a Lei da Ficha Limpa, como já informei aqui, Vargas está inelegível por oito anos a partir de 2015. Não pode, portanto, se candidatar nem em 2022, último ano da punição. Só poderá disputar um cargo eletivo de novo nas eleições municipais de 2024.Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alberto Youssef, André Vargas, PT


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82 COMENTÁRIOS


14/04/2014 às 17:45
PT dá largada à sua campanha de reforma política em busca do totalitarismo “democrático”


Pois é…

Um leitor acaba de me enviar uma mensagem que o Diretório Nacional do PT está mandando a seus filiados — e creio que não só. Eu reproduzo trechos em vermelho (os destaque são meus). Leiam. Volto em seguida .
*
Prezados(as),

O Partido dos Trabalhadores elaborou um projeto de iniciativa popular para coletar 1,5 milhão de assinaturas a fim de propor alguns pontos de mudança na nossa política. Já estamos nas ruas com uma campanha nacional em busca do apoio da sociedade. No ano passado para a campanha foram enviados documentos e um formulário para recolhimento de adesão/assinaturas.
(…)
Iniciaremos a partir de maio próximo a 2° etapa da Campanha, com o objetivo de envolver toda a sociedade civil e queremos fazer do PT o protagonista da grande e necessária Reforma que certamente, mudará os rumos das eleições em nosso país.

A proposta do PT é Fundamentada basicamente em quatro pilares:
- FINANCIAMENTO PÚBLICO E EXCLUSIVO DE CAMPANHA;
- VOTO EM LISTA PRÉ-ORDENADA PARA OS PARLAMENTOS;
- AUMENTO DA PARTICIPAÇÃO FEMININA;
- ASSEMBLÉIA CONSTITUINTE EXCLUSIVA;

Para esta nova etapa, iremos percorrer todo o Brasil, construindo o debate com a nossa base social, levando uma nova narrativa ainda mais convicta da precisão desta Reforma. Haverá também um novo material, com mais didática e acessibilidade levando em conta todo o movimento de junho/2013. Em breve nossa campanha estará nas redes, nas caixas de correios e sobretudo nas mentes e corações de quem quer um Brasil sem corrupção.
(…)

Voltei
Ai, ai.

Como se vê, o PT começa a fazer no mês que vem a campanha maciça em favor da reforma política. A legenda elaborou, então, um projeto de iniciativa popular, é? Bem, se é do partido, então “de iniciativa popular” não pode ser. Trata-se de uma farsa de saída. O ideia desse tipo de projeto é justamente nascer da sociedade, não de instâncias formais de representação.

Como se nota, o PT quer exclusivamente financiamento público de campanha, a exemplo do STF, né?, que deve vetar a doação de empresas privadas. Se isso acontecer, melhor para o petismo: para distribuir o dinheiro público que vai financiar a eleição, terá de haver algum critério, e o maior partido levará mais dinheiro. Adivinhem quem sairia ganhando… Acertou quem chutou… o PT!

A legenda defende também o voto em lista fechada. Ou por outra: o eleitor vota no partido. De acordo com essa votação, estabelece-se o número de cadeiras a que cada agremiação tem direito, e os eleitos serão os primeiros de uma relação previamente preparada por cada uma. Ou seja: o eleitor nem saberá a quem estará dando seu voto. Em vez de aproximar eleitores de eleito, esse sistema os afasta ainda mais do que hoje.

A resolução do PT ainda fala em “Constituinte exclusiva” para reforma política, o que é uma piada macabra. Eleger-se-ia uma Assembleia para fazer a mudança, que se dissolveria em seguida. Não custa lembrar: modelos autoritários em curso na América Latina — Venezuela, Cuba e Bolívia — recorreram a esse método. De resto, Assembleia Constituinte sem que tenha havido rompimento da ordem anterior? É um exotismo.

Leiam lá: o texto do PT fala que a reforma serviria para “mudar os rumos (sic) das eleições em nosso país”. É mesmo? Ora, com os atuais “rumos”, os petistas estão no seu terceiro mandato, e, se as eleições fossem hoje (ainda bem que não são), teriam um quarto mandato; mais: com os “atuais rumos”, o partido tem a maior bancada na Câmara e a segunda maior no Senado.

Como partido nenhum propõe reforma que o prejudique, “mudar os rumos” deve significar a marcha rumo ao poder absoluto, não? Bem, se conseguir o que quer, será mesmo.

Não custa indagar: que reforma política impediria a sem-vergonhice ora em curso na Petrobras, por exemplo, e as relações incestuosas do petismo com as máquinas sindicais Brasil afora? O mais engraçadinho é que essa proposta de reforma política tem como principal alvo destruir o PMDB, que receberia menos verbas do fundo público de campanha do que o PT, estaria impedido de se financiar com empresas privadas (a não ser por intermédio do caixa dois, com os riscos inerentes a esse tipo de ação) e não contaria com as doações não estimáveis em dinheiro que os sindicatos sempre fazem ao petismo.

Aliás, só os idiotas ainda não perceberam que, após quebrar a espinha do DEM e causar sérias avarias no tucanato nestes 12 anos, o alvo natural e necessário do petismo é seu principal aliado: o PMDB. É da natureza desse Leviatã do mundo das sombras.Por Reinaldo Azevedo

Tags: PMDB, PT, reforma política


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176 COMENTÁRIOS


14/04/2014 às 16:44
As mentiras do discurso de Dilma sobre a Petrobras. Ou: Governante tem o direito de mentir?


Governantes têm o direito de mentir? A resposta é “não”. Nem que seja sob o pretexto de “salvar a nação”. Na vida pública, não existe mentira virtuosa. Quando muito, pode existir a omissão prudente. Dou um exemplo: se o ministro Guido Mantega vislumbrar pela frente uma escalada inflacionária, se indagado a respeito, ele não tem de confirmar nem de se estender a respeito, ou haverá o efeito óbvio: como a economia se move, em parte, por expectativas, ele poderia piorar a situação se dissesse a verdade. Poderia, no discurso, omitir esse vislumbre para não piorar o que já seria ruim. Mas é certo que não poderia afirmar o contrário dos fatos. A mentira, na vida pública, é trapaça contra o interesse coletivo.

Nesta segunda, a presidente Dilma participou da inauguração de navios petroleiros no porto de Suape, em Pernambuco, terra de um de seus futuros adversários na disputa presidencial, Eduardo Campos. E resolveu deitar falação sobre a Petrobras, segundo leio na Folha. Afirmou: “Não hesitarei em combater o malfeito, a ação criminosa, corrupção ou ilícito de qualquer espécie. Mas também não ouvirei calada a campanha negativa, por proveito político, em ferir a imagem dessa empresa que o povo construiu com suor e lágrimas”.

Há duas verdades aí e duas mentiras. Primeira verdade: a Petrobras está eivada de malfeitos, ações criminosas, corrupções e ilícitos. Segunda verdade: a empresa foi construída com o suor e lágrimas dos brasileiros. Ainda que Dilma esteja plagiando Churchill, isso é verdade. Primeira mentira: a presidente hesitou, sim, em defender a Petrobras, tanto que deixou de apurar a compra da refinaria de Pasadena e ainda deu emprego para o executivo que, segundo ela própria, foi o responsável pela operação. Segunda mentira, não existe campanha nenhuma contra a empresa. Campanha contra a Petrobras fazem os larápios que lá estão incrustados.

Mas Dilma foi mais longe na impostura. Disse ainda: “Desde o início da empresa, teve gente sendo contra, dizendo que não havia petróleo no Brasil. Depois, mudaram o discurso, e chegaram a dizer que havia petróleo demais para ser controlado por uma empresa pública. Era uma forma sorrateira que prepararam para a Petrobras parar em mãos privadas. Foi um processo tão requintado, que foi interrompido pela pressão externa, que chegaram a fazer a troca do nome da empresa. Queriam chamar ela de ‘Petrobrax’, sonegando a sílaba que é nossa identidade. Bras, de Brasil”.

É a mentira mais escandalosa de todas. Desafio Dilma e o PT a apresentar uma miserável evidência de que se tentou privatizar a Petrobras. Privatizada ela está hoje: transformou-se numa soma de feudos, distribuídos entre partidos políticos: PT, PP, PMDB, PTB… Eles vão usando a estatal para cuidar de seus próprios interesses. Em sua fala, Dilma sugeriu que as sem-vergonhices na estatal são ações isoladas, coisas deste ou daquele. Mentira também! O PT está afundando a Petrobras porque usa a estatal para distribuir prebendas políticas e para manter unidos os partidos da base aliada.

Venham cá: por que vocês acham que um partido político quer tanto ter direções de áreas técnicas de estatais? Como é que isso poderia ajudar a legenda? A resposta é simples: essa diretoria, fatalmente, terá de comprar coisas, de construir obras, de contratar serviços e consultorias. O dinheiro sai da corretagem.

Privatizada, no sentido mais vagabundo da palavra, que é o único que o PT conhece — já que execra o virtuoso —, a Petrobras está hoje. Ela precisa voltar a ser uma empresa pública.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Governo Dilma, Petrobras


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306 COMENTÁRIOS


14/04/2014 às 16:03
Brasil se torna sócio das lambanças da tirania cubana


Como vocês sabem, o governo do PT já tem uma grande obra portuária, certo? Em Cuba! Aliás, o PAC que verdadeiramente funciona é este: “Plano de Apoio a Cuba” — ou, mais precisamente, à ditadura cubana, já que aquele pobre país continua vítima de uma tirania asquerosa — um dos poucos das Américas que ainda prendem pessoas por delitos de opinião. Os outros são Venezuela, Bolívia e Equador, todos eles “companheiros dos companheiros”, todos eles apoiados incondicionalmente pelo governo brasileiro.

Eis aí: o BNDES enfiou US$ 682 milhões no porto de Mariel, em Cuba — inaugurado por Dilma Rousseff em janeiro deste ano —, e o tirano Raúl Castro usou aquela estrutura para tentar vender armas à Coreia do Norte. Não! Mude-se o verbo: o certo não é “vendeu”. O anãozinho comprovadamente assassino, que tiraniza a ilha, usou uma obra financiada pelo BNDES para fazer tráfico internacional de armas.

É um vexame internacional! O Conselho de Segurança da ONU tem tudo documentado. Havia a clara orientação, como informa a reportagem de Gabriel Castro (post anterior) para esconder a operação. Não fosse o flagrante dado pelo governo do Panamá quando o navio atracou no porto de Manzanillo, no lado atlântico do canal, a ditadura do outro anãozinho tarado, Kim Jong-un, teria recebido a carga, contrariando leis internacionais. O que isso significa? Ao financiar um porto em Cuba, contribuindo para romper o relativo isolamento do regime ditatorial, o Brasil se torna uma espécie de sócio de suas bandalheiras.

Estamos diante de mais uma evidência de desastre da política externa brasileira. E não adianta vir com a história de que o Brasil não pode se responsabilizar pelas porcarias feitas pelo governo cubano. Quem mete a mão em cumbuca sabe que está correndo risco. O pretexto supostamente meritório para financiar o porto de Mariel é humanitário. Vejam lá o que Raúl Castro está fazendo com a generosidade brasileira.

O chato é que a tramoia está devidamente documentada no Conselho de Segurança da ONU, aquele mesmo órgão em que o Brasil anseia um assento permanente. Dá para entender por que ele não vai chegar tão cedo?

Por Reinaldo Azevedo

Tags: Cuba, Governo Dilma


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84 COMENTÁRIOS


14/04/2014 às 15:05
Cuba usou Porto de Mariel, financiado pelo Brasil, para vender armas à Coreia do Norte


Por Gabriel Castro, na VEJA.com. Volto no próximo post.
A construção do Porto de Mariel, em Cuba, ganhou o noticiário nos últimos meses porque o governo brasileiro concedeu, via BNDES, um empréstimo de 682 milhões de dólares à ditadura cubana para assegurar a obra – dois terços do valor total estimado para o porto. Além disso, os detalhes da transação foram estranhamente mantidos em sigilo. Em janeiro deste ano, a presidente Dilma Rousseff esteve na ilha dos irmãos Castro para a inauguração oficial do terminal portuário.

Mas a história não acaba aí: um relatório elaborado por um painel de especialistas do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que Cuba utilizou o Porto de Mariel para abastecer com 240 toneladas de armamento um navio norte-coreano, em descumprimento a sanções internacionais contra o regime autoritário da Coreia do Norte. A operação, realizada há menos de um ano, fracassou porque a carga secreta foi descoberta por autoridades do Panamá, já no caminho de volta à Ásia.

Por causa do flagrante, foi possível encontrar os registros de navegação e reconstituir a rota do navio: em 4 de junho, o cargueiro Chong Chon Gang parou em Havana, onde descarregou rodas automotivas e outros produtos industriais. Em 20 de junho, o navio aportou secretamente em Mariel. Lá, o material bélico foi embarcado. Em 22 de junho, o Chong Chon Gang chegou a Puerto Padre, onde recebeu a carga de açúcar que seria usada na tentativa de esconder o armamento.

A maior parte da carga era formada por componentes que seriam usados em mísseis terra-ar, dos modelos C-75 Volga e C-125 Pechora. Dois caças MiG-21, desmontados, estavam no carregamento. Muita munição foi encontrada. Também havia lançadores de mísseis, peças de radares, antenas, transmissores e geradores de energia. Para diminuir os riscos, parte do material enviado recebeu uma nova mão de tinta: os containers perderam a cor verde, indicativa da carga militar, e foram pintados de azul.

Entre os fatos que chamaram a atenção dos investigadores, aparece justamente a escolha pelo Porto de Mariel: o relatório cita que a opção, em detrimento de Havana e Puerto Padre, é mais uma prova das más intenções de cubanos e norte-coreanos. “A carga foi aceita pelo navio sem os documentos básicos de envio, recibos de carregamento, relatórios de carregamento e relatórios de inspeção de carga”, diz o texto da ONU. O navio Chon Chong Gang trazia uma declaração falsa de que carregava apenas açúcar-mascavo. E, na lista de portos pelos quais a embarcação passou, não há referência a Mariel.

Os dois governos admitem que Cuba estava enviando as armas para a Coreia do Norte, mas alegam que o material passaria por reparos e seria devolvido à ilha dos irmãos Castro. O painel da ONU não se convenceu: o fato de a carga estar escondida se soma a orientações por escrito, encontradas a bordo, orientando a tripulação a preparar uma declaração falsa e enganar as autoridades do Panamá. O relatório fala em “clara e consciente intenção de burlar as resoluções”.

As sanções que proíbem a venda de armas para a Coreia do Norte são consequência da insistência do regime comunista em manter seu projeto nuclear, inclusive para fins militares.Por Reinaldo Azevedo

Tags: BNDES, Coréia do Norte, Cuba, Governo Dilma


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14/04/2014 às 6:42
LEIAM ABAIXO


André Vargas puxou a faca, e os petistas graúdos saíram correndo. Quem tem Vargas tem medo! Na mira, Padilha, Gleisi e Bernardo;
Cresce tensão na Ucrânia. E os erros de cálculo;
PETROBRAS – Partidos que apoiam Dilma ficaram com 79% das doações feitas por empresas da “lista” de ex-diretor que está preso;
“Se a Petrobras não fosse pública, já teria quebrado. A empresa está afundando”;
Empresas sob suspeita faturaram R$ 31 bilhões com a Petrobras na era PT;
TORTURA NA VENEZUELA: DEPOIMENTOS DOS SEVICIADOS. Ou: Parece que Dilma se opõe apenas a que se torturem as “pessoas erradas”;
Petrobras: o encontro entre a corrupção e a política, contra os brasileiros;
Um dos centros irradiadores de uma calúnia contra Aécio na Internet estava na… Eletrobras!;
Na VEJA desta semana: André Vargas ameaça a companheirada;
Rosa Weber pede que Renan se pronuncie sobre CPI;
Gilberto Carvalho, o sofisticado: “A gente organiza uma Copa do Mundo achando que vai ser uma festa, e vocês, jovens, vêm, dão porrada: ‘é uma merda!’”;
Ex-diretor da Petrobras e doleiro se associaram para obter contratos milionários com a estatal;
Senador tucano denuncia assessor de deputada petista que hostilizou Joaquim Barbosa;
Sabem o que é esta estrovenga? É o Chikungunya! Ele é a cara do fracasso dos bananas!;
Resposta à lógica torta de Padilha: a PF só está ocupada com tantos ladrões porque há ladrões demais no poder, certo? Ou: Vá para os fatos, Padilha!;
Executivo admite que empresa pagou R$ 1,9 milhão a consultoria ligada a doleiro para poder fazer negócio com a Petrobras;
A CPI da Petrobras e as duas lógicas. Ou: Em que momento, na empresa, a política virou crime, e o crime virou política?Por Reinaldo Azevedo


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14/04/2014 às 6:35
André Vargas puxou a faca, e os petistas graúdos saíram correndo. Quem tem Vargas tem medo! Na mira, Padilha, Gleisi e Bernardo


André Vargas: ele agora faz ameaças nem tão veladas a “companheiros”. Quer ficar no partido; julga ter moral compatível com a legenda. Como discordar?

Afirmei aqui na sexta-feira que o deputado André Vargas (PT-PR) andou dizendo coisas desagradáveis a seus companheiros. Não aceita ser enxotado do partido e promete reagir. Pelo visto, o PT entendeu o recado. A disposição de puni-lo até com a expulsão se transformou numa comissão para ouvir os seus motivos.

Segundo reportagem de Daniel Pereira e Robson Bonin na VEJA desta semana, os primeiros, digamos, “ameaçados” por Vargas são Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde, que vai concorrer ao governo de São Paulo, pelo PT; a senadora Gleisi Hoffmann, que deve disputar o governo do Paraná pelo partido, e seu marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo.

Vargas estaria insinuando a “companheiros” que Paulo Bernardo é beneficiário de propinoduto da Petrobras e que seria intermediário de contratos entre o grupo Schahin, que costuma aparecer em escândalos petistas, e a estatal. O ministro teria recebido uma corretagem por isso, devidamente repassada ao “Beto”, que é como Vargas chama o doleiro Alberto Youssef.

Schahin? Lembram-se de Marcos Valério, o operador do mensalão petista? Em depoimento à Polícia Federal, ele afirmou que a construtora simulou no passado uma prestação de serviços para a Petrobras para arrumar dinheiro para os petistas comprarem o silêncio de um empresário que ameaçava envolver Lula e outros membros da cúpula do partido na morte de Celso Daniel.

As insinuações vão além. A senadora Gleisi e seu marido não gostariam ainda de ver expostas as suas relações com a Agência Heads Propaganda do Paraná. Seria, na expressão atribuída a Vargas, um “esquema deles”.

Bem, no governo Dilma, a Heads se tornou líder no recebimento de verbas da propaganda oficial. A ascensão foi tão espetacular que chamou a atenção do Tribunal de Contas da União, que decidiu apurar se há algo de errado. Todo mundo, evidentemente, nega tudo. Só uma coisa é inegável: até agora, Vargas não demonstra disposição de ir para o cadafalso em silêncio.

Sem saída
O chato para o petismo é que não há saída virtuosa para essa história. Leiam a reportagem de VEJA, que foi a Indaiatuba conhecer a Labogen, que, acreditem, no papel, pertence a um frentista chamado Esdra Ferreira. Também no papel, ele tem um sócio, o “autônomo” Leonardo Meirelles. Os dois já admitiram para a polícia que, de início, a Labogen era mesmo uma empresa de papel. Mas muito bem-sucedida, claro!!! Sem produzir um comprimido ou um supositório, faturou R$ 79 milhões entre agosto e novembro de 2010. Um portento!

Com a influência de Vargas, os técnicos do Ministério da Saúde, comandado por Padilha, foram vistoriar os equipamentos da Labogen para saber se esta estava apta a fazer a parceria com a gigante EMS e com o Laboratório da Marinha. Equipamentos??? Esdra, o frentista, contou à polícia: o maquinário era sucata comprada em cemitério de peças, revestida de alumínio, “para dar a aparência de novas”. Mesmo assim, a parceria ganhou um sinal verde. Leiam reportagem na edição desta semana.

Vargas, como está dito, puxou a faca. E os petistas tremeram. Mais um pouco, ele também vai virar “guerreiro, herói do povo brasileiro”.

Parece que tanto empenho em tentar impedir a CPI da Petrobras vai um pouco além da “questão política”, não é mesmo?Por Reinaldo Azevedo

Tags: Alexandre Padilha, André Vargas, Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo


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14/04/2014 às 6:29
Cresce tensão na Ucrânia. E os erros de cálculo


As coisas vão mal na Ucrânia. Estão tomando um péssimo rumo. Há levantes de russos em vários pontos do leste do país. Neste domingo, um confronto entre separatistas e forças legais fez cinco feridos e matou um oficial de segurança do estado.

O governo provisório mandou forças militares para a região para recuperar prédios públicos ocupados e tentar conter a ofensiva. A ordem é usar o rigor extremo se necessário. O governo da Rússia já protestou e deixou claro que se sente impelido, se preciso, a defender a maioria russa da região — vale dizer: recorrerá à força. Moscou fala no risco de uma guerra civil e não descarta, se for o caso, um conflito militar. Vladimir Putin deslocou nada menos de 50 mil homens para a fronteira.

Pois é… E agora? Parece evidente que a Rússia, quando menos, não está desestimulando os separatistas. O governo ucraniano acusa o país vizinho de organizar e insuflar o conflito. Depois do que se viu na Crimeia, como duvidar? Vejam bem: é claro que, se só um pouco disso for verdade (e deve ser muito), a Rússia esta violando acordos internacionais de que ela própria é signatária. É moral e politicamente inaceitável? É. Mas e a realidade de fato?

Antes de dar um pé nos respectivos traseiros da Rússia e do então presidente, não custa lembrar!, legítimo da Ucrânia, Viktor Yanokovich, os líderes dos “revolucionários de Kiev” deveriam ter levado em consideração a vizinhança. Sim, vizinhança é um critério importante da política externa e das relações internacionais desde que o mundo é mundo.

Quando os EUA, há alguns anos, decidiram mandar mais alguns assessores militares para Colômbia, no programa de cooperação de combate ao narcoterrorismo das Farc, sabem quem protestou? O Brasil! Considerou que os americanos estavam interferindo excessivamente na América do Sul.

É evidente que não estou condescendendo com os motivos de Putin. Mas avalio, desde o começo dessa crise, que tanto o Ocidente como as novas lideranças de Kiev deveriam ter levado em conta a reação russa, com quem a Europa também não quer bater de frente por causa do gás.

Infelizmente, é preciso fazer a pergunta: o leste da Ucrânia vale uma guerra das potências ocidentais com a Rússia? É evidente que a resposta é “não”. E Putin sabe disso. Claro, poderíamos perguntar se os Sudetos valiam uma guerra da França e da Inglaterra com a Alemanha… Por mais que Hillary Clinton tenha evocado Hitler para se referir a Putin, todo mundo sabe que o presidente russo não pretende nem invadir a Europa nem dominar o mundo… Não era o caso do “pintor de paredes”…Por Reinaldo Azevedo

Tags: Rússia, Ucrânia


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14/04/2014 às 6:23
PETROBRAS – Partidos que apoiam Dilma ficaram com 79% das doações feitas por empresas da “lista” de ex-diretor que está preso


Na Folha:
Partidos da base aliada da presidente Dilma Rousseff receberam R$ 35,3 milhões, ao menos, em doações eleitorais na campanha de 2010 de empresas citadas na lista apreendida pela Polícia Federal na casa do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa. Esse valor representa 79% do total doado pela Mendes Júnior, Engevix, Iesa, UTC e Hope RH a diretórios e candidatos de diferentes legendas, segundo levantamento da Folha no sistema do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
(…)
A tabela apreendida na casa Paulo Roberto, suspeito de repassar dinheiro de empresas contratadas pela estatal a políticos, lista os nomes das companhias Mendes Júnior, UTC/Constran, Engevix, Iesa, Hope RH e Toyo Setal. Todas têm contratos ativos com a Petrobras ou, ao menos, já tiveram contratos com a estatal nos últimos anos.
(…)
Segundo levantamento da reportagem, a UTC/Constran doou ao menos R$ 20,9 milhões para a campanha de 2010, sendo 83% para PT, PMDB, PP, PR, PC do B, PRTB e PSB, todos da base de sustentação do governo Dilma, exceto esse último, que deixou o governo no fim de 2013 para lançar a candidatura de Eduardo Campos à Presidência da República. A Mendes Júnior repassou R$ 13,8 milhões em doações e destinou 65% desse valor a PT, PMDB, PDT, PP, PR, PTB e PHS. Já a Engevix doou R$ 7,1 milhões, sendo 86% para PT, PMDB, PDT, PP, PR, PSB e PTB, segundo o TSE. Já a Iesa, que doou ao todo R$ 2,96 milhões a candidatos e diretórios de partidos políticos em 2010, concentrou 92% de seus repasses para o PT, o PMDB e o PDT.
(…)Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Paulo Roberto Costa, Petrobras


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13/04/2014 às 17:13
“Se a Petrobras não fosse pública, já teria quebrado. A empresa está afundando”


Marinus Marsico: compra de refinaria de Pasadena foi um escândalo sem defesa

Por Laryssa Borges, na VEJA.com:
Procurador do Ministério Público do Tribunal de Contas da União há quase duas décadas, Marinus Marsico já comprou briga com corruptos que aparelharam o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), enfrentou servidores que insistiam em receber supersalários no Congresso e participou do acordo com o Grupo OK, do senador cassado Luiz Estevão, para reaver 500 milhões de reais desviados do Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo. Há cerca de dois anos, revira cada detalhe da ruidosa compra da refinaria de Pasadena, no Texas, pela Petrobras, um dos mais malsucedidos negócios da história da petrolífera brasileira. Para ele, apesar de o caso Pasadena ser “indefensável”, a Petrobras sofre com desmandos políticos desde o segundo mandato do ex-presidente Lula. “A Petrobras está afundando. Há uma mistura de má gestão com o fato de ter se tornado um braço político do governo. Se a empresa não fosse pública, já tinha quebrado”, disse em entrevista ao site de VEJA.

As denúncias envolvendo a Petrobras, incluindo irregularidades em contratos, não são exatamente uma novidade para o TCU. A Petrobras é uma caixa-preta?
A Petrobras é uma empresa muito difícil de fiscalizar e, com certeza, se fosse mais transparente, se não se preocupasse tanto com essa questão de sigilo comercial, muitas vezes indevido, tenho certeza que esses contratos desastrosos, como o de Pasadena, não teriam ocorrido. Se há dez anos houvesse a possibilidade de a Petrobras ser fiscalizada como deve ser, hoje não teríamos esse tipo de situação. Ela se fecha em um falso argumento de que é uma empresa de mercado e com sigilos comerciais. Chama muito a atenção no caso da Petrobras a quantidade de irregularidades e a magnitude dessas irregularidades. Não falamos de milhões, mas de bilhões de reais.

Qual foi a influência do governo nas decisões tomadas pela Petrobras nos últimos anos?
Esse mal de misturar o público com o privado é algo que sempre existiu, desde o surgimento dessa esdrúxula figura da sociedade de economia mista. Mas, ultimamente, essa situação aumentou muito, é só ver os escândalos. Problemas sempre existiram, mas agora são problemas em grau exponencial e se chegou a um ponto intolerável em que a empresa, se não fosse pública, quebraria. E isso tudo ocorreu no período de 2005 a 2010 [no governo Lula]. Esse foi o período mais sério para a Petrobras mesmo.

A gestão de José Sergio Gabrielli, presidente da Petrobras na época da compra da refinaria de Pasadena, era fechada?
Havia muito mais resistência da Petrobras, resistência à fiscalização do tribunal como um todo, na gestão do Gabrielli. Agora está um pouco mais transparente, mas há um longo caminho a percorrer. Nas informações que pedi à Petrobras sobre Conselhos de Administração e Fiscais, os dados foram passados parcialmente. Sonegar informação ao Ministério Público causa uma ação de improbidade contra as pessoas que o fizeram. A tarefa da atual presidente da Petrobras, Graça Foster, é muito difícil porque cabe mudar uma empresa que ultimamente andou se descuidando muito de sua eficiência, realizando gastos desnecessários e, sobretudo, sem autonomia, sem condições de determinar pelas leis de mercado quais seriam suas fontes de receita.

Quando o senhor fala em falta de autonomia, quer dizer que existe ingerência política?
Sim, há uma forte ingerência política na Petrobras. A presidente da Petrobras não consegue colocar o preço do seu produto principal, que é a gasolina, em um patamar compatível com uma empresa de mercado. Por isso, a Petrobras tem hoje o maior nível de endividamento entre as grandes petroleiras no mundo, três vezes maior do que o razoável para o resultado operacional dela. Isso é resultado dessa mão invisível do governo. Sempre tem um braço forte do governo.

A Petrobras está afundando?
A Petrobras está afundando, sem sombra de dúvida. Por mais que se fale e se apresentem números, ou por mais que se coloquem recordes de produção petrolífera, vemos que ela está afundando. É isso que o mercado pensa sobre a empresa. Há uma mistura de má gestão com o fato de a empresa ter se tornado um braço político do governo. Não há nenhuma teoria conspiratória em relação a isso. E se o mercado precifica a empresa nesse sentido, é sinal de que ela não vai nada bem.

A compra da refinaria de Pasadena foi o pior negócio da Petrobras nos últimos anos?
Não há defesa em Pasadena. A coisa foi tão abertamente um escândalo que não há a mínima possibilidade de se defender qualquer coisa na transação. Tudo ocorreu justamente na época em que a administração pública federal atravessava aquela euforia de que tudo era possível, tudo se podia, com índices políticos de popularidade muito altos. Criou-se aquela ilusória sensação de que o mundo pertence a nós. Por conta disso fizeram a transação sem o mínimo cuidado. Fiquei escandalizado com a questão da Petrobras em Pasadena e me senti até ofendido com o negócio porque, como órgão de fiscalização, ofendeu a minha inteligência o fato de se ter feito uma contratação sem o mínimo cuidado. Parece que a Petrobras considera que nós somos idiotas, que a gente não vai ver nada e que nunca vão descobrir nada.

Há críticas à refinaria Abreu e Lima?
Abreu e Lima é pior nos valores — e o foco do TCU é economizar para o contribuinte. Mas, no lado simbólico, Pasadena é uma afronta. Na época do contrato, a Astra [empresa belga parceira que vendeu metade da refinaria para a Petrobras] colocava avisos aos acionistas afirmando ‘que maravilha, fizemos um grande negócio, muito maior do que qualquer expectativa razoável’.

O que o TCU pode fazer em relação a Pasadena?
Na minha representação pedi que se apurassem responsabilidades na diretoria-executiva e eventualmente nos conselhos. Configurado o débito, tem-se o rol de responsáveis que são obrigados a devolver esses recursos. O tribunal também pode aplicar multas, que podem ser proporcionais ao débito ou decorrentes de atos de gestão temerários, ilegítimos, antieconômicos. O problema é que não é factível que se paguem as multas.

A área internacional da Petrobras, que foi comandada por Nestor Cerveró, é a mais problemática?
A área internacional é a que tem mais irregularidades. É uma área problemática. O que quero é que a Petrobras passe a funcionar em prol da sociedade brasileira. É uma coisa decepcionante e triste porque a Petrobras é uma empresa que não precisava passar por essas vicissitudes. A gente vê muitos indícios de uso político da empresa. É uma tristeza ver tanto potencial desperdiçado. Veja o caso do parecer falho. O parecer era falho e isso foi descoberto depois e nada foi feito com quem fez o parecer? A pessoa continuou muito bem em uma subsidiária da Petrobras [Cerveró foi para a Diretoria Financeira da BR Distribuidora] e só agora, depois do escândalo, é que foi exonerada. Por que as medidas não foram adotadas antes? Tem que ser investigada se essa omissão no parecer é dolosa e, se for, isso é um crime. Se foi culposa, por incompetência ou falta de cuidado, essa pessoa não poderia mais continuar na empresa. Se em um banco um funcionário causasse um prejuízo de 1 bilhão de dólares para a instituição, certamente ele não continuaria com o trabalho e poderia até ir para a cadeia.

O que acha da CPI da Petrobras?
Se a CPI for realmente um instrumento em que todos os seus integrantes tenham a vontade genuína de investigar e corrigir os problemas encontrados na Petrobras, ela é muito bem-vinda. A CPI tem instrumentos superiores aos do TCU para a investigação. Mas esse talvez seja um mundo utópico. Não ponho muitas esperanças no avanço dessas investigações, por mais respeito que eu tenha pelo Parlamento. A CPI é um instrumento da minoria. Se ela é sufocada pela maioria governista, não há investigação. Seria bom se houvesse uma evolução política, que os direitos da minoria fossem respeitados e que as investigações não fossem bloqueadas. Mas acho que isso é sonhar muito.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Petrobras


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13/04/2014 às 16:56
Empresas sob suspeita faturaram R$ 31 bilhões com a Petrobras na era PT


Por Daniel Haidar, na VEJA.com:
Um conjunto de fornecedores, agora sob suspeita, recebeu pelo menos 31,1 bilhões de reais da Petrobras desde 2003 – ano em que o PT assumiu a Presidência da República e passou a interferir diretamente na gestão da estatal. Essas empresas, que incluem as maiores empreiteiras do país, são consideradas suspeitas de abastecer financeiramente um esquema montado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o doleiro Alberto Youssef. Eles são os ‘cabeças’ do esquema desvendado pela operação Lava-Jato, que encontrou sinais de corrupção nos contratos da estatal, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

O site de VEJA levantou os contratos fechados pela estatal com 14 fornecedores que, a julgar pelos documentos apreendidos, estão sob suspeita ou comprovadamente destinaram recursos a empresas controladas por Youssef. Entre os objetivos cogitados estavam o enriquecimento ilícito da quadrilha e o financiamento de partidos e políticos, segundo a PF. Os policiais e procuradores da República encarregados da investigação possuem especial interesse por aditivos em contratações – mecanismo que permite aumentar os valores recebidos sem nova licitação. Na sexta-feira, a investigação chegou ao gabinete da presidência da Petrobras, com policiais sendo recebidos pessoalmente pela presidente Graça Foster, num encontro que resultou no recolhimento de mais de 400 páginas, dois CDs e um pendrive com arquivos referentes a contratos com fornecedores.

De acordo com as investigações, fornecedores da estatal irrigaram as contas da MO Consultoria, uma firma em nome de laranjas de Youssef. Mencionadas em uma planilha apreendida pela polícia, empresas como a Jaraguá e a Sanko Sider já admitiram que pagaram a essa empresa de fachada as “comissões” relatadas no documento. Como revela a edição de VEJA desta semana, a Polícia Federal descobriu que Paulo Roberto, Youssef, políticos e prestadores de serviços estão interligados em um consórcio criminoso montado para fraudar contratos na Petrobras, enriquecer seus membros e financiar políticos e partidos.

Nessa planilha, fica delineado o caminho dos desvios. O documento menciona o pagamento de 24,1 milhões de reais pela Sanko Sider, fornecedora de tubos da Petrobras, em comissões para a MO Consultoria, a empresa de fachada utilizada por Youssef para movimentar propinas, de acordo com a suspeita dos investigadores. O melhor contrato fechado diretamente com a estatal rendeu 2 milhões de reais, após dois aditivos, pela venda de tubos de aço. A Sanko Sider diz que o incremento foi de 25% do valor inicial, como permite a lei. De outubro de 2011 a agosto de 2013, a empresa conseguiu vender diretamente 2,9 milhões de reais, mas, além disso, também faturava com vendas para fornecedores da estatal. O diretor-jurídico da Sanko Sider, Henrique Ferreira, admitiu a VEJA na última edição que houve o pagamento de tais comissões.

Outra empresa que também reconheceu ter pago para a MO Consultoria, pela intermediação de contratos com a Petrobras, foi a Jaraguá. Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente-executivo da Jaraguá Equipamentos, Paulo Roberto Dalmazzo, confirmou que pagou 1,9 milhão de reais por certa “consultoria de intermediação de negócio”. O grupo faturou 2,9 bilhões de reais diretamente da estatal entre julho de 2007 e fevereiro de 2014. Nesse filão, estão serviços prestados para a construção da refinaria Abreu e Lima, em Ipojuca. Assinado em abril de 2008, um contrato para elaboração de projeto executivo para fornecimento de bens, construção civil e montagem elétrica chegou a ter 15 aditivos, com um custo final de 41,8 milhões de reais. A construção da refinaria era um projeto sob a responsabilidade de Paulo Roberto Costa, que foi diretor da estatal de 2003 a 2012. O Tribunal de Contas da União (TCU) já apontou sinais de superfaturamento nesse empreendimento. A Camargo Corrêa, que atuou no projeto, também é suspeita de ter contribuído com 7,9 milhões para o esquema de Costa e Youssef, como retribuição por seus contratos referentes à refinaria. O consórcio CNCC, do qual a Camargo Corrêa faz parte, fechou pelo menos dois contratos que somam 4,7 bilhões de reais com a estatal para a construção dessa unidade de refino.

Na mesma planilha em que são mencionadas contribuições de Jaraguá e Sanko Sider, há também referência a um pagamento de 3,2 milhões de reais à empresa de Youssef pelo Consórcio Rnest Edificações, formado por Engevix Engenharia e Empresa Industrial Técnica (EIT). Esse consórcio também tem participação na construção da refinaria Abreu e Lima, em contratos que já chegam a 1 bilhão de reais. Num deles, houve pelo menos 17 aditivos.

Outra empreiteira mencionada na planilha obtida pela PF é a Galvão Engenharia, com a suposta remessa de 1,5 milhão de reais ao esquema. Esse grupo fechou 4,4 bilhões de reais em contratos com a Petrobras, de setembro de 2008 a novembro de 2013. Em um deles, há 25 aditivos. Já a empreiteira OAS é responsabilizada pelo desembolso de 1,2 milhão de reais à empresa de fachada do doleiro. Diretamente, a construtora fechou um contrato de 184 milhões de reais em novembro de 2013 com a Petrobras, para construção e montagem de dutos para o Complexo Petroquímico do estado do Rio de Janeiro (Comperj), outro empreendimento com indícios de sobrepreço em contratações.

Fornecedoras de menor porte como a Ecoglobal Ambiental também entraram no foco do inquérito. A Polícia Federal investiga a relação de Costa e Youssef com a empresa, pela suspeita de que o ex-diretor tenha articulado a obtenção de contratos milionários com a estatal. Em uma disputa por carta-convite com gigantes internacionais, a Ecoglobal faturou um contrato de 443 milhões de reais para realizar testes de poço de petróleo, uma área na qual não era considerada experiente. Antes disso, estava habituada a serviços menos custosos e tinha obtido 28,6 milhões de reais da estatal. Em entrevista ao site de VEJA, Vladimir Silveira, que aparece como sócio-diretor da Ecoglobal, disse que foi assediado por emissários de Costa e Youssef que tentaram pagar 18 milhões de reais por 75% da empresa. Mas, pela versão de Silveira, a transação não foi concretizada e ele nega que Costa tenha facilitado a obtenção de contratos. Mas chamaram atenção dos policiais e-mails em que emissários de Youssef tratavam de um aditivo de 15% a essa venda, antes até de o serviço começar a ser prestado.

No material apreendido com o ex-diretor, também há anotações que contabilizam doações a políticos feitas por fornecedores da Petrobras. Numa lista, há menções a contribuições de Mendes Júnior, UTC Engenharia, Engevix, Toyo Setal, Hope e Iesa. Esse grupo recebeu pelo menos 17,3 bilhões de reais em contratos diretos com a Petrobras na administração petista. Só a Mendes Júnior teve 48 aditivos no projeto de detalhamento, construção e montagem do terminal aquaviário de Barra do Riacho, em Aracruz, no Espírito Santo, e o desembolso chegou a 895 milhões de reais.

Com a revelação da atuação de Costa na Petrobras, também surgiram denúncias sobre a contratação do genro do ex-diretor pela estatal. Humberto Sampaio de Mesquita é sócio de uma empresa que, supostamente, prestou serviços de consultoria para a petrolífera. A Pragmática Consultoria em Gestão fechou contrato que, com dois aditivos, chegou a 2,5 milhões de reais. A seleção da empresa se deu em dezembro de 2010, através do sistema de carta-convite. O objetivo era prestar serviços técnicos especializados para dar suporte a “atividades de qualificação”.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Petrobras


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12/04/2014 às 6:21
LEIAM ABAIXO


TORTURA NA VENEZUELA: DEPOIMENTOS DOS SEVICIADOS. Ou: Parece que Dilma se opõe apenas a que se torturem as “pessoas erradas”;
Petrobras: o encontro entre a corrupção e a política, contra os brasileiros;
Um dos centros irradiadores de uma calúnia contra Aécio na Internet estava na… Eletrobras!;
Na VEJA desta semana: André Vargas ameaça a companheirada;
Rosa Weber pede que Renan se pronuncie sobre CPI;
Gilberto Carvalho, o sofisticado: “A gente organiza uma Copa do Mundo achando que vai ser uma festa, e vocês, jovens, vêm, dão porrada: ‘é uma merda!’”;
Ex-diretor da Petrobras e doleiro se associaram para obter contratos milionários com a estatal;
Senador tucano denuncia assessor de deputada petista que hostilizou Joaquim Barbosa;
Sabem o que é esta estrovenga? É o Chikungunya! Ele é a cara do fracasso dos bananas!;
Resposta à lógica torta de Padilha: a PF só está ocupada com tantos ladrões porque há ladrões demais no poder, certo? Ou: Vá para os fatos, Padilha!;
Executivo admite que empresa pagou R$ 1,9 milhão a consultoria ligada a doleiro para poder fazer negócio com a Petrobras;
A CPI da Petrobras e as duas lógicas. Ou: Em que momento, na empresa, a política virou crime, e o crime virou política?;
Para oposicionistas, operação na Petrobras torna urgente a CPI;
Gleisi Hoffmann: “Ei, ei, vocês se lembram da minha voz?”;
Justiça ordena, e PF cumpre mandado de busca na presidência da Petrobras;
PT cria comissão para ouvir Vargas. Convenham: o partido costuma ser duro com a dissidência e passar a mão na cabeça de malfeitores;
A derrota de Dilma e a Metafísica do Corisco;
A estranha escuta na cela de Youssef e o filme “Doleiro Morto Não Fala”;
Cela de Alberto Youssef tinha escuta clandestina, acusam doleiro e seu advogado;
Indiciamento de Pimenta da Veiga tem cheiro de perseguição política, tem jeito de perseguição politica, tem cara de perseguição política e deve ser… perseguição política!;
Depois de fraudar conteúdo de acórdão sobre CPI, conforme revelou este blog, Renan tenta desconversar;
Assim não, Estadão! Quem revelou que Renan fraudou texto de Brossard foi este blog. Aguarda-se a correção;
O PLAYBOY FASCISTA DE DIRCEU EM AÇÃO – Assessor de deputada do PT, pago com dinheiro público, hostiliza Joaquim Barbosa;
A gente não sabemos fazer Copa do Mundo,/ a gente não sabemos fazer Olimpíada,/ a gente não sabemos tomar conta da gente. Inútil…;
A EMS emite uma nota. As perguntas que fiz seguem sem respostas;
O Ipea, o instituto que tentou fazer dos brasileiros um bando de potenciais estupradores, mantém um núcleo politicamente delinquente na Venezuela, que defende a ditadura e ataca a democracia… por princípio! Nós sustentamos essa vagabundagem intelectual!Por Reinaldo Azevedo


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12/04/2014 às 5:55
TORTURA NA VENEZUELA: DEPOIMENTOS DOS SEVICIADOS. Ou: Parece que Dilma se opõe apenas a que se torturem as “pessoas erradas”


Quarenta pessoas já morreram na Venezuela em decorrência dos protestos de rua, que tiveram início no dia 12 de fevereiro. A esmagadora maioria das vítimas é composta de manifestantes, que decidiram sair às ruas para repudiar o governo do ditador ensandecido Nicolás Maduro. Algumas foram assassinadas, sim, por homens uniformizados, mas quem mata para valer no país são os membros sem rosto das milícias criadas e armadas por Hugo Chávez. O próprio Maduro, num pronunciamento público, as estimulou a enfrentar na porrada os manifestantes. Como se fosse pouco, a tortura se generalizou no país. Reportagem da VEJA desta semana traz o depoimento de jovens que foram barbaramente seviciados pelas forças de repressão.

Eis o governo que conta com o apoio integral da ex-torturada Dilma Rousseff e da maioria dos partidos de esquerda no Brasil. A presidente brasileira deixa claro, assim, que criou uma “Comissão da Verdade” por aqui porque ela se opõe a que se torturem apenas as pessoas erradas. Quando o torturado é o “inimigo”, aí tudo bem! Assistam ao vídeo e leiam a reportagem na edição impressa da revista.

Por Reinaldo Azevedo


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12/04/2014 às 5:30
Petrobras: o encontro entre a corrupção e a política, contra os brasileiros




A reportagem de VEJA teve acesso a uma parte do material apreendido pela Polícia Federal nos domínios do engenheiro Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Refino da Petrobras, preso na operação Lava Jato, a mesma que levou para a cadeia o doleiro Alberto Youssef e apagou de vez a fulgurante, à sua moda, carreira do deputado petista André Vargas. A reportagem, de seis páginas, é a capa da revista desta semana.

O conteúdo de uma simples agenda já é explosivo. Fica evidente que Costa, indicado para o cargo pelo PP e abrigado na Petrobras no âmbito dos acordos políticos do ex-presidente Lula, usava a empresa para intermediar acordos com fornecedores e empreiteiras, receber propina, distribuir uma parte de dinheiro a políticos e, obviamente, pegar o seu próprio quinhão. Como costuma acontecer com outros de sua estirpe, gostava de fazer anotações meticulosas.

Segue um trecho da reportagem de Rodrigo Rangel e Hugo Marques. Na sequência, um pedaço da agenda de Paulo Roberto e sua tradução. Leia a íntegra na edição impressa da revista.
(…)


.Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Petrobras


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12/04/2014 às 5:25
Um dos centros irradiadores de uma calúnia contra Aécio na Internet estava na… Eletrobras!


Pronto! A turma já começou. Reportagem da VEJA desta semana informa que já há quadrilhas operando, cuja tarefa é difamar o senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à Presidência. Ninguém está surpreso, eu sei. Em 2010, vocês devem se lembrar, quando Fernando Pimentel chefiava a “pré-campanha” de Dilma, petistas foram flagrados associados a uma quadrilha para criar um dossiê falso contra José Serra.

Desta vez, um dos centros irradiadores da falsa informação de que Aécio desviou ora R$ 3,7 bilhões, ora R$ 4,3 bilhões, de verbas destinadas à Saúde é, acreditem, um computador que fica na… Eletrobras.

Não custa repetir — e sempre: eles não aprendem nada nem esquecem nada. Abaixo, veja como funciona o esquema de difamação na rede.


Por Reinaldo Azevedo


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12/04/2014 às 5:23
Na VEJA desta semana: André Vargas ameaça a companheirada


Puliquei aqui um post no dia 9 em que se lê o que segue:



Estava tudo pronto para o PT aceitar compungido a renúncia do deputado André Vargas (PT), mas ele demonstrou que não tem a mesma têmpera — nem a mesma origem — de um Delúbio Soares, aquele que aceita ser escorraçado, xingado, humilhado, expulso do partido. Sempre em silêncio. Porque sabe ser um deles, sabe ser um dos “homens de dentro”, sabe que sempre volta.

Leiam reportagem na VEJA desta semana com os detalhes da resistência de Vargas. Entre outras coisas, ele ameaçou botar a boca no trombone. E aí a companheirada recuou. Ou vocês acham que alguém como este senhor ascende tanto no partido sem, como direi?, dividir com outros os benefícios de seus métodos? Como também já escrevi aqui, Vargas é PT. PT é Vargas.Por Reinaldo Azevedo

Tags: André Vargas, PT


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11/04/2014 às 22:17
Rosa Weber pede que Renan se pronuncie sobre CPI


Na VEJA.com:
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, deu prazo de 48 horas para que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se pronuncie sobre os dois mandados de segurança que tratam da criação da CPI da Petrobras no Congresso. Um é o da oposição, que pede garantias de que a Comissão Parlamentar de Inquérito não vai ser desfigurada com a inclusão de temas como o cartel do metrô paulista. O outro foi apresentado por parlamentares do PT, e alega que não há correlação de fatos no requerimento de CPI formulado pelos oposicionistas. O prazo leva em conta apenas os dias úteis, e passa a valer no momento da notificação. A ministra também convidou o chefe da Advocacia-Geral da União, Luís Inácio Adams, a se pronunciar sobre o tema.
Por Reinaldo Azevedo

Tags: CPI da Petrobras, Rosa Weber


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Et peperit filium masculum, qui recturus erat omnes gentes in virga ferrea. Filius eius ad Deum et ad thronum eius et raptus.

Augusto de Piabetá - Blog Católico