IGREJA PERSEGUIDA E RENOVADA
Na Liturgia da Palavra de hoje 24 de Maio A, anunciado por S. João, Jesus, fez uma importantíssima revelação e recomendação aos Seus mais íntimos discípulos, os responsáveis pela Sua Igeja, a que se resolveu chamar :O ódio do mundo,.
E depois de falar do aborrecimento do mundo, disse :
-"Se a Mim Me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a Minha Palavra, também giardarão a vossa. Mas tudo isto vos farão por causa do Meu nome, por não reconhecerem Aquele que Me enviou".(Jo.15,30-31).
Nós hoje sabemos que, desde os tempos Apostólicos, sempre a Igreja foi perseguida e muitos dos fiéis cristãos, foram martirizados em Nome de Jesus.
E as perseguições continuaram através dos tempos, sempre em moldes diferentes, conforme as mentalidades religiosas que se foram formando, como também não deixaram de continuar a existir os fiéis cristãos a crescer e a darem a sua vida pelo Nome de Jesus, de tal modo que, mesmo nas mais diversas perseguições, a Igreja apesar das suas limitações humanas, sempre tem mostrado ao Mundo que Jesus tem cumprido a Sua promessa de estar com Ela até ao fim do mundo.
Esta é a nossa fé e a nossa força humana e divina.
E por causa disso, a Igreja sempre actual e actuante, não deixa de se renovar constantemente, acompanhando o progresso social, religioso e político e usando todos os meios técnicos mais apurados.
E assim, muitas coisas se têm mudado na Igreja e isto pode causar alguns reparos por parte de cristãos menos esclarecidos.
A primeira razão é uma necessidade positiva de uma atitude de esperança perante o revolucionário desenvolvimento que nós constatamos à nossa volta.
Parece claro que a Humanidade está sempre a caminhar para uma nova era : é a vida da terra num desenvolvimento social, político, económico e, naturalmente, religioso, absolutamente drástico e cada vez mais rápido e contrastante.
Em todos os tempos da história houve confusões, falsos conceitos sobre o viver humano, tentativas de esperança, esforços frustrados e uma série enorme de conflitos na tentativa de encontrar um futuro melhor para a Humanidade.
Não nos deve surpreender que os Cristãos - isto é, a Igreja Católica - partilhe das perturbações e dos sofrimentos da sociedade.
Seria causa de alarme se a Igreja - que somos nós todos - ficasse impávida e serena, sem se deixar envolver no desenvolvimento que, muitas vezes até nasce dos próprios problemas com que nos debatemos.
Apesar dos sofrimentos e das suas consequências, a renovação da Igreja é um factor positivo que incrivelmente a envolve, restaura e também a rejuvenesce, dando-lhe uma realidade perfeitamente actual e humana.
A Igreja que é o Povo de Deus, sem mudar a sua doutrina, pode todavia actualizar as maneiras de a ensinar, usando os meios ao seu alcance de harmonia com os progressos da vida, para benefício dos seus membros.
Assim, pode haver mudanças renovadoras na disciplina, bem como na liturgia e na pastoral.
O Concílio Vaticano II publicou um Decreto sobre o Ecumenismo e outro sobre os Meios de comunicação social, que nos mostram como a Igreja constantemente tenta a sua renovação.
O Decreto sobre o Ecumenismo diz :
- Toda a renovação da Igreja consiste essencialmente numa maior fidelidade à própria vocação. Esta é, sem dúvida, a razão do movimento para a unidade. A Igreja peregrina é chamada por Cristo a essa reforma perene. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma. Assim, se em vista das circunstâncias das coisas e dos tempos houve deficiências, quer na moral, quer na disciplina eclesiástica, quer também no modo de ensinar a doutrina - modo que deve cuidadosamente distinguir-se do próprio depósito da fé - tudo seja recta e devidamente restaurado no momento oportuno.(UR 6).
E quanto ao uso dos Meios de Comunicação social, diz o Decreto :
- À Igreja, pois, compete o direito nativo de usar e de possuir toda a espécie destes meios, enquanto são necessários ou úteis à educação cristã e a toda a sua obra de salvação das almas. (IM 3).
Todos os membros do Povo de Deus, que é a Igreja, devem tentar ser suficientemente compreensivos e humildes para aceitarem as normas de renovação que constantemente se vão verificando, fazendo um voto de confiança no saber e poder dos que nos governam, o Magistério da Igreja.
John
Nascimento
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Enviado por: "John A. Nascimento" <nascimentoja@Shaw.ca>
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